A última coisa que queremos é limitar o blog para apenas a Filosofia do Dao (Tao) e experiências marciais, o que queremos de fato é mostrar como o ideal de harmonização e união das pessoas estão presentes em todas as sociedades, e é uma de nossas maiores virtudes (a qual infelizmente estamos perdendo).
Portanto nos ajude, toda vivência coletiva é uma representação fidedigna do Universo.
Em alguns textos do Blog foi preferível adotar os termos em chinês através do sistema ortográfico Pin Yin.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

ÉTICA DO SER INTEGRADO

"Muitos dos Mestres do passado nos deram pistas de como nos portar diante dessa arte, deixaram maneiras de proceder para alcançar uma melhora significativa em nossas vidas. Vidas?... é, não podia ser diferente, o Tai Chi Chuan é uma arte ancestral, portanto não pode ser considerado como uma ida ao supermercado, uma compra; por outro lado é algo para ser cultivado cotidianamente em todos os aspectos de nossas vidas. É esse o caráter holístico, global, integral, e outros sinônimos possíveis. Não é para ser “uma pessoa” durante a prática, e “outra pessoa” durante a vida, pois prática e vida se misturam, pois quem pratica está vivo... muito lógico não?... portanto mudo a palavra, de prática para vivência. É preciso fazer viver esses preceitos."

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

2 ANOS DA APPCC EM OLINDA (OBRIGADÃO)


De modo que o meu espírito
Ganhe um brilho definido
Tempo tempo tempo tempo
E eu espalhe benefícios
Tempo tempo tempo tempo
...
E quando eu tiver saído
Para fora do teu círculo
Tempo tempo tempo tempo
Não terei nem terás sido
Tempo tempo tempo tempo
...
Ainda assim acredito
Ser possível reunirmo-nos
Tempo tempo tempo tempo
Num outro nível de vínculo
Tempo tempo tempo tempo

                                       Caetano Veloso


Obrigado a todos os que vieram e aos que não puderam vir.

As fotos estão no link abaixo:
https://plus.google.com/photos/110592944064057793711/albums/5925770940740290177

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

CONVITE: CAFÉ DA MANHÃ (2 ANOS DA APPCC EM OLINDA)



"Chamada geral" para comemorar conosco, os 2 anos da Associação Pernambucana de Práticas Corporais Chinesas aqui em Olinda. Venham participar e conhecer nosso trabalho.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

CORPO-MENTE-REFLEXÃO










Marco Aurélio Acioli Dantas



É duro constatar isso em nós mesmos, mas é um fato: não aprendemos a ser nós mesmos. E um fato que tem razões próprias, mas não impossíveis de serem detectadas; mas ainda assim a primeira coisa necessária é reconhecer isso em nós mesmos.


Somos moldados desde crianças a atender diversas exigências nos processos de socialização e educação no qual estamos inseridos, sejam eles formais (como escolas, empregos, associações, etc.), ou informais (na família, entre amigos, etc.). O pior mesmo é a maneira como essas exigências chegam para nós, que na maioria das vezes caracteriza uma imposição. E quando não é imposição, essa maneira de agir que nos é ensinada, não é problematizada ou explicada de uma forma que possibilite a pessoa refletir sobre o PORQUÊ, o COMO, e QUAL O SENTIDO da ação, que pertence à PESSOA que EXECUTA, mas que satisfaz OUTRAS PESSOAS, ou até mesmo uma CULTURA DE IMPOSIÇÃO DE TREJEITOS.
Dolorido pensar...mas necessário. Se a ação me pertence e eu não sei o porquê de fazer, eu na verdade estou sendo violentado. Imagine quantas coisas nós não fazemos no “automático”? Sem se perguntar o que nos motiva, o sentido, como se formou esse desejo de ação, que me pertence, mas que na verdade me escraviza? Imagine se depois de muitos e muitos anos isso veio se repetindo, e só depois de 35 janeiros me dei conta? Como algo que é meu, que corresponde ao meu CORPO, minha MENTE, minha REFLEXÃO, pode ser extraído de mim desde a infância. E o pior, como algo que é ESSENCIALMENTE HUMANO pode ter se voltado contra mim?

Não pretendo tornar isso tão descritivo, mas vivemos numa sociedade que nos transformou em consumidores, e não se iludam, apenas isso interessa para os que têm mais meios MATERIAIS de manipular informações e influenciar maneiras de conceber o mundo. E o escandaloso é presenciar grandes empresas que lucram milhões, como bancos e outras multinacionais, lançando projetos “ambientais” e “sociais” com véus hipócritas, que buscam não mudar a situação, mas abater impostos e cumprir com pautas excludentes, pois eles fazem projetos que “dizem” incluir as próprias pessoas que as grandes empresas excluem. O ponto negativo de todo esse processo é a visão do mundo baseada no UTILITARISMO. São esses mesmos grupos que constroem e veiculam padrões de como devemos agir diante de situações no nosso dia a dia, e mais profundo ainda, como devemos pensar o nosso próprio corpo, nossa relação com outras pessoas e nossa relação com a natureza. Padrões esses, na atualidade, utilitários. Vivemos hoje a utilitarização da vida. O mundo do consumo nos apresenta, não apenas o produto final que sai das fábricas, mas o consumo das relações entre as pessoas, o consumo dos recursos naturais, o consumo da força de outras pessoas em prol, simplesmente, do desenvolvimento do valor utilitário. Diante disso, nega-se o humano e valoriza-se a utilidade (no sentido de instrumento, objeto) do humano.

Essa visão se estende até o jeito o qual concebemos nossa vida, e o veículo de nossa vida, não é senão, nosso corpo em conjunto com nossa mente. Mas uma mente que só recebe e não busca conscientizar-se, em conjunto com o seu corpo, e apenas segue vivendo através do utilitarismo, não é uma mente, é apenas mais um produto do mundo do consumo. Observem bem, e vocês perceberão que o maior truque para a mercantilização da vida é justamente a negação do humano. Pode parecer paradoxal, mas “negar algo” é mais efetivo do que “falar mal de algo”. Se você “fala mal de algo”, as pessoas que são a favor disso que é criticado criam mais resistência; se você “nega algo”, simplesmente se aniquila qualquer possibilidade de discussão, e as gerações seguintes facilmente se rendem, pois não encontram resistência. O mundo do consumo é o mundo da negação do humano, pois consome a vida, e a própria VISÃO DE MUNDO de uma MENTE CONSUMISTA e UTILITÁRIA é o CONSUMO DA VIDA, pois tudo se apresenta para ela como algo a ter um valor de utilização, inclusive ela própria. Não há aí, reflexão, há apenas, um corpo separado de uma mente. Pois a reflexão é negada. Que sistema iria conceder aos seus participantes a semente para a destruição do próprio sistema? O triunfo de separar mente do corpo e não permitir a reflexão, só foi alcançado pela negação da reflexão. Liguem as televisões ou se antenem com qualquer meio de comunicação ou sinta isso nos discursos nas ruas, é tudo muito “simples”, o apelo dos discursos hoje em dia é para a “simplicidade”, o imediatismo, você “quase que não precisa pensar”, ou então “pensar só traz aborrecimento”, ou ainda “não perca tempo pensando”, etc.

Com todas essas mazelas, acabamos por apenas nos padronizar a esse estilo de vida, pois foi para isso que fomos educados (difícil hoje em dia, encontrar algum círculo em nossa sociedade que não represente esse tipo de pensamento, que não reproduzam seus aspectos). Padronizam-se CORPOS, separam-se as MENTES, negam-se REFLEXÕES, CONSCIENTIZAÇÕES.

Totalmente oposto a essa ideologia, o Taiji Quan nos proporciona uma constante REFLEXÃO, unindo CORPO e MENTE, através da busca da conscientização não apenas do próprio ser em si, mas também dele com os outros, e dele com o meio em qual vive. Isso porque o Taiji Quan possui toda uma complexa rede simbólica que teve origem no pensamento chinês e na filosofia Taoista, que por meio de vivências HOLISTAS visa desenvolver o SER HUMANO INTEGRAL, e buscar a essência do HUMANO, através dos vários aspectos que o compõe: social, espiritual, corporal, psicológico, etc.
Diante disso, fica fácil perceber o porquê de tanta dificuldade em aprender o Taiji Quan, pois além de pertencer a todo um conjunto de práticas corporais de outra cultura, ela vem carregada de outros símbolos, (principalmente quando se trata de um aspecto que nossa sociedade fez questão de retirar quase que totalmente de nossas práticas no dia a dia: uma prática corporal que sirva para todas as idades e que una mente, corpo e a transformação da cultura enquanto prática humana) que nos são estranhos. Logo, para quebrar essa trava que nós temos em lidar com o corpo, é muito difícil, seja pela ausência desse tipo de rotina em nossas vidas, seja por esse tipo de socialização da qual somos vítimas e que nega o acesso ao nosso próprio corpo (NÃO APRENDEMOS A NOS SENTIR!).

Fora o simples ato de nos tocar (como no caso da Auto Massagem), o Taiji Quan traz uma série de conceitos muito complexos que nos força a uma reflexão muito profunda do nosso ego, ao qual estamos totalmente apegados (somos consumistas dele, ele nos tem um valor utilitário, instrumental, que por mais que nos padronize, nos faz sentir como um instrumento que serve para “alguma coisa” em nossa sociedade). Esse chamado para vivenciar o CORPO, e REFLETIR sobre ele, para a maioria é muito pesado, doloroso e muitas vezes INÚTIL. Isso porque o Taiji Quan (para além de seus aspectos marciais) prioriza algo que nós não estamos muito afetos a lidar: o lado “invisível” da vida (coloco entre parênteses, pois esse invisível tem influências visíveis absurdamente perceptíveis ao olho nú...seria mais aspecto, que lado). Nossa sociedade concebe o ser humano como algo muito ligado ao material (Yang), movido por coisas que chamem a atenção dos sentidos; e como a prática do Taiji Quan da ênfase ao caráter invisível (Yin), como o apego do ao ego, costumes socialmente impostos que não ajudam ao bem coletivo, energias que envolvem a natureza e o ser humano, as diversas redes de poder existentes em nossa sociedade e como devemos nos portar para sermos mais igualitários, muitos acham que ele não tem utilidade prática, real, material. Os que acham isso, só o fazem pois realmente estão muito apegados a essa lógica mercadológica do mundo, onde tudo e todos são produtos, e não demoram muito em tentar “consumir” a prática do Taiji Quan: tentam entender os movimentos por uma lógica segregada, enfatizam o aspecto fitness (ou seja o corpo), praticam como se comprassem um produto, um serviço. Praticar o Taiji Quan desse jeito não é Praticá-lo de fato, é simplesmente reproduzir a lógica que a filosofia Taoista tanto combate.

O mais interessante é que o Taiji Quan, se considerarmos a construção dos templos em Wudang, tem mais ou menos uns 800 anos, porém se considerarmos a filosofia Taoista que dá base ao Taiji Quan, veremos que ela possui mais de 3 mil anos, se não me engano mais de 4 mil anos cientificamente comprovados pela historiografia. Porém concentremo-nos no Dao De Jing de Lao Zi que tem mais ou menos 2400 anos, nele o Mestre (no Poema 20) já chama a atenção para não cair no erro do individualismo, do apego à práticas sem antes refletirmos sobre elas, ou buscarmos compreender as coisas por apenas um aspecto em detrimento de outro (como a separação entre corpo e mente). Ou seja, o desafio contra uma visão utilitária do mundo tem mais de 2400 anos...como vencer essa batalha na atualidade, se sua energia já vem sendo gerada há mais de 2400 anos? É muita energia.

Os que não procuram romper com essa lógica de padronização do CORPO e da MENTE para atender a certos requisitos individualistas apregoados por nossa cultura torta e perversa, são arrastados por esse emaranhado de energia. Os que querem rompê-la, precisam praticar todos os dias a união do CORPO, da MENTE e da REFLEXÃO, ou todos os outros elementos que a simbolize, CÉU e TERRA, YIN e YANG, etc. E por isso mesmo a prática da meditação e dos exercícios corporais que compõem o Taiji Quan tem que ser contínuos e diários.

Logo, como a ênfase no corpo e a exclusão da reflexividade marca nossa sociedade nos dias atuais, o Taiji Quan, enquanto prática corporal nos propicia uma vivência que busca unir, corpo, mente e reflexão, devolvendo a nós nossa capacidade de ATUARMOS no mundo de maneira realmente humana.   

                     


               

terça-feira, 23 de julho de 2013

FOTOS DO CAFÉ DA MANHÃ DE JULHO DE 2013



A Vida é uma grande estrada com diversos significados,
Então quando você andar por entre os buracos, não complique sua mente.
Fuja do ódio, da malícia e da inveja!
Não embace seus pensamentos; ponha sua visão na realidade!
Acorde e viva!

                                                                                                                          Robert Nesta Marley





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domingo, 14 de abril de 2013

DIA INTERNACIONAL DO TAI CHI CHUAN E QI GONG


Não percam essa oportunidade de participar de vivências que privilegiam a união entre corpo e espírito, o Ser Humano e a Natureza, o Céu e a Terra, propiciando o encontro com a Verdadeira Missão da Humanidade, VIVER em Harmonia.

Esse movimento já ocorre em mais de 100 cidades em todo o mundo, tem como slogan "Um Mundo... Uma só Respiração", e desde 1999 vem expandindo a Consciência da Unidade. A Associação de Pernambucana de Práticas Corporais Chinesas também vive esse momento, e o realiza todos os anos no Parque da Jaqueira.

O evento ocorre todo último sábado do mês de abril, esse ano a data será dia 27/04, às 08:00 da manhã.

Todos vibrando juntos



sexta-feira, 8 de março de 2013

SOBRE O DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES


Esse texto foi escrito por Jacilene Borba Silva, integrante da Associação de Práticas Corporais Chinesas em Olinda. Faço minhas, vossas palavras.



8 de Março! Parabéns para você que foi queimada no meio de uma praça tendo a fogueira como altar diante da cólera do fanatismo religioso. Parabéns por 12, 18, 20 horas de trabalho,nas linhas de produção onde foram escritas as benesses da revolução industrial. Parabéns para você que pariu com toda a dor a minha história, você que levou em seu ventre por 7 ou 8 meses um anencéfalo enquanto a burocracia decide o que é a vida ou a morte em termos técnicos  Obrigada por ter me ouvido quando nenhum outro da minha especie quis, quando gritei nos porões, quando meu sangue foi derramado, quando meu pai, meu irmão e meu meu marido me feriram. Não permitirei que os ecos destes porões sejam abafados pela mídia e seu marketing de rosas vermelhas, em que propaganda de alvejante virá uma mulher de joelhos com flores no avental limpando as marcas da hipocrisia? Parabéns para os homens que lutam ao nosso lado e que não se deixam levar por essa cultura excludente e nociva. Parabéns!



quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

ABSURDO



Após mais de 500 anos, a mesma elite comercial, que explorou, escravizou, assassinou e vendeu as terras, que hoje recebe a alcunha de Brasil, continua com a mesma e sanguinária jornada de imposição de "verdades insólitas".

Através de infinitas vidas, ecoa o grito de justiça desses (de nós) seres humanos, conscientes por si só, por possuírem uma Cultura que agrega todos em um só Corpo, não os individualiza, não os separa da Realidade.

Conscientes mesmo diante de uma sociedade que os obrigam a desfigurar-se, a tornar-se "um cidadão" (um conceito vivido de maneira parca por nós, fazendo os gregos tremerem nas ruínas), como se realmente nos possibilitassem alguma chance de participar da construção administrativa dessa "nação". Nossos Vovôs e Vovós fizeram a participação por meio do derramamento de sangue, sacrifício, e ainda hoje só temos direito a participar e realmente mudar alguma coisa através do protesto (na maioria das vezes violentamente sufocado, por quem jura à "bandeira" para nos proteger) e do forçar de barras.

Essa é a Realidade que deve ser mostrada, vivida, sentida...       

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Sobre o Qi Gong, por Li Hongzi



Essa postagem é uma passagem do livro Falun Gong de Li Hongzi. A parte mostrada se refere ao primeiro ponto do Capítulo I, intitulado As Origens do Qi Gong. Acho legal conferir. Quem quiser pode baixar o livro completo em PDF pela internet, http://www.falundafa.pro.br/livros/Falun_Gong.pdf



O qigong ao qual nos referimos até hoje não foi, de fato, originalmente chamado de qigong. Ele se originou de caminhos de cultivo solitário dos antigos povos chineses e do cultivo em religiões. O termo de dois caracteres, qi e gong, não é citado nos textos das Escrituras de Cultivo de Dan, Cânones Taoista10, ou na Tripitaka11. Durante o curso do desenvolvimento da atual civilização humana, qigong atravessou um período, quando as religiões estavam em suas formas embrionárias. Ele já existia antes das religiões existirem. Depois que as religiões se formaram, ele adquiriu uma conotação religiosa. Os nomes originais do qigong eram: O Grande Caminho de Cultivo de Buda ou o Grande Caminho de Cultivo do Tao. Ele tinha outros nomes como a “Alquimia Interna dos Nove Invólucros” a “Via do Arhat12” ou a “Diana de Vajra13”, etc. Agora nós o chamamos de  qigong, por ele se adequar ao pensamento moderno e ser mais facilmente popularizado na sociedade. Na realidade qigong é algo que existe na China com o único propósito de cultivo do corpo humano.
Qigong não é algo inventado por esta civilização. Ele tem uma história extremamente antiga que remonta a épocas passadas. Então, quando qigong surgiu? Alguns dizem que qigong tem uma história de 3.000 anos, e tornou-se bastante popular durante a Dinastia Tang14. Alguns dizem que tem 5.000 anos e que é tão antigo quanto a civilização chinesa. Alguns dizem que, julgando pelas descobertas arqueológicas, ele tem uma história de 7.000 anos ou mais. Eu considero  qigong como algo não inventado pela atual civilização – ele é da cultura pré-histórica. De acordo com investigações de pessoas com habilidades supranormais, o universo no qual vivemos é uma entidade que foi reconstruída após ter explodido nove vezes. O planeta no qual vivemos foi destruído muitas vezes. Cada vez que ele foi reconstruído,o ser humano começou a se multiplicar de novo. Agora, nós já sabemos que existem muitas coisas na Terra que ultrapassam nossa atual civilização. De acordo com a “teoria da evolução de Darwin”, o homem evoluiu a partir de um símio e a civilização não possui mais do que 10.000 anos de idade. Porém, descobertas arqueológicas revelam que em cavernas dos Alpes Europeus existem afrescos de 250.000 anos atrás, que mostram um nível artístico muito elevado que vai além das habilidades das pessoas de hoje. No Museu da Universidade Nacional do Peru há um grande bloco de pedra no qual foi entalhada uma figura de uma pessoa segurando um telescópio e observando as estrelas. Essa gravura soma mais de 30.000 anos de idade. Como sabemos, Galileu inventou o telescópio astronômico de 30X em 1609, pouco mais de 300 anos atrás. Como poderia existir um telescópio 30.000 anos atrás? Na Índia, há um pilar cujo teor de ferro é de 99%. Nem mesmo a moderna tecnologia de fundição poderia produzir ferro com tão alta pureza; esse pilar ultrapassou os limites da tecnologia moderna. Quem criou tais civilizações? Como poderiam os seres humanos – que deveriam ser microorganismos naqueles tempos – terem criado aquelas coisas? Essas descobertas têm chamado mundialmente  a atenção de cientistas. Elas são consideradas como pertencentes a uma cultura pré-histórica já que elas não podem ser explicadas.
O nível de realização científica foi diferente em cada um desses períodos. Em alguns períodos foi relativamente alto, ultrapassando o da civilização moderna. Mas, aquelas civilizações foram destruídas. Portanto, eu digo que qigong não foi inventado ou é produto da atual civilização, mas foi descoberto e aperfeiçoado pelas pessoas de hoje. O  qigong é de uma cultura pré-histórica.
O qigong não é exclusivamente um produto do nosso país [China]. Ele existe também em outros países, mas não é chamado  qigong. Países do ocidente, tais como os Estados Unidos, a Inglaterra e etc., o chamam de “mágica”. [...] De uma perspectiva de baixo nível, o qigong pode mudar as condições do corpo alcançando curas e boa saúde. De uma perspectiva de alto nível,  qigong refere-se ao cultivo do corpo-original (benti15).

Legendas:
10. Escrituras de Cultivo de Dan (dan),  Cânones Taoista –  Antigos textos
clássicos taostas chinêses para prática do cultivo.
11. Tripitaka – “As Três Cestas”, também conhecida como o Cânone de Pali. Uma
coleção de textos em linguagem Pali que formam a base das doutrinas do Budismo
Theravada. Suas três partes são: os ensinamentos de Buda, o código monástico e os
tratados filosóficos específicos.
12. Arhat (arrat) – Um ser iluminado com Status de Realização na Escola Buda que
está abaixo de Bodisatva e Tatagata.
13. Diana de Vajra – Diana significa “Meditação”, enquanto Vajra pode ser
traduzido como “Raio”, “Diamante” ou “Indestrutível”.
14. Dinastia Tang – Um dos mais prósperos períodos da história da China (618-907 d.C.).
15.  Benti – 1. “O Ser Verdadeiro”; 2. o corpo físico e os demais corpos sutis
existentes em outras dimensões.

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O autor Li Hongzi é uma figura alvo de polêmicas na China, e em conjunto com seus seguidores, os praticantes do Falun Gong, sofreram e sofrem perseguições. Mestre Li se estabeleceu em outros países para poder disseminar a prática do Falun Gong. E mesmo distante da China, algumas embaixadas ainda criticam ferozmente Li Hongzi. Alguns dizem que os praticantes são instigados à rebeldia, e que o mestre Li se aproveita, através de promessas de curas milagrosas, do dinheiro angariado por sua “seita” para viver na luxúria. Outros revelam que os ensinamentos garantem a melhora da saúde e o despertar da consciência, e embora realmente os diversos grupos de Falun Gong espalhados pelo mundo sejam bastante ativos quando perseguidos, essas ações são através de manifestações pacíficas como distribuição de panfletos, esclarecimento da prática, entre outros; o que possa talvez se caracterizar em “rebeldia”, principalmente na China, onde a repreensão contra movimentos sociais é mais rígida.    

Sobre a prática, segundo meu olhar superficial, pois ainda não li a obra por inteiro, e nem conheço muito a respeito da história do Mestre Li Hongzi, o Falun Gong segue uma linha budista, mas consegue abarcar conceitos compartilhados por diversas linhas do pensamento chinês (isso é até meio lógico, pois a maioria das linhas filosóficas sofreram uma espécie de sincretismo na China, e até existem lendas onde são justapostas personagens hindus e taoístas), mas sua ênfase segue o pensamento budista. São exercícios estáticos e acompanham respiração, mentalização e condução do Qi e o cântico de mantras. Além de acumular, segundo meu olhar ignorante mais uma vez, uma espécie de energia “Gong” (ou a materialização da energia) tanto para auto-cura como para curar outras pessoas.





quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

VOTOS

Impossível ser formalidade após 11 "pequenos dias" de atraso, mas com certeza representa o mais profundo sentimento de esperança de que isso tudo pode ocorrer, pode ser vivido. Se todos ansiaram por aquele momento, por aquele dia, que a todos congregou, e pareceu romper fronteiras impossíveis de serem ultrapassadas na rotina diária

Se todos passaram por aquele pequeno conjunto de horas com tanta intensidade, tal qual a ansiedade dispendida por não sei quanto tempo...Calma: temos mais 350 e poucos dias durante todo o ano de 2013 para Viver de fato os desejos das primeiras linhas acima.



FELIZ ANO NOVO COM ATRASO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!